sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Paulo Alves diz que tudo está em aberto para o FC Vizela


Termina este domingo a primeira volta da Liga Vitalis. O FC Vizela está longe dos objectivos traçados no início do campeonato e que passam pela subida de divisão. Carlos Garcia não resistiu aos maus resultados, entrando Paulo Alves para o seu lugar. Numa altura em que se registaram alterações no plantel, o treinador faz um primeiro balanço.


Rádio Vizela (RV) - O que poderá mudar com a troca de Bertinho por Marques?

Paulo Alves (PA) – Numericamente está tudo igual. O Bertinho manifestou a vontade de sair, o clube não mostrou entrave e apetrechou-se com um jogador que já conhecíamos. Não jogava muito no Leixões, mas acredito que será uma mais valia para nós.

RV – Marques encaixa-se mais no seu estilo de jogo?


PA- Pelas características que conheço, acho que é uma opção válida. Temos que aliar isso aos factores de integração e esperar que brevemente possa ajudar a equipa, sobretudo na finalização, que tem sido a nossa principal pecha.

RV- Espera mais golos a partir de agora?


PA- A intenção é essa. Nas não vai ser o Marques sozinho que vai resolver isso. Temos que trabalhar em conjunto. Contudo, pela posição que ocupa, esperamos que possa ser ele um dos finalizadores.

RV- Há mais reforços a caminho?



PA- O clube está atento ao mercado e dentro das suas possibilidades, poderá ainda tentar suprimir uma ou outra carência do plantel. Estamos a analisar, mas sem muita pressão sobre o assunto. Estamos calmos em relação a isso.


RV – Há algum sector do plantel que gostaria de ver reforçado?

PA – A questão nem é essa, mas sim dotar a equipa de mais soluções para precaver algumas situações futuras de lesões ou castigos. Vamos entrar numa fase de definições no campeonato e é sempre bom estarmos munidos de opções.

RV- Em relação à equipa, está satisfeito com a sua evolução?

PA- Desde a minha chegada que procuro dotar a equipa de uma constância de rendimento. Quer seja fora ou em casa, a equipa deve apresentar-se de forma equivalente e com intenções de ganhar. Em relação a isso, estou plenamente satisfeito, pois a equipa tem revelado esse comportamento. Fiz seis jogos oficiais pelo FC Vizela, cinco para o campeonato e um para a Taça de Portugal e não posso, em nenhum deles, apontar nada em relação à atitude dos meus jogadores. Em termos de resultados, que no fundo é o que mais interessa, considero que apesar de sentir alguma frustração nos empates fora de casa, neste campeonato nunca é mau ganhar em casa e empatar fora. Mesmo assim, não nos devemos acomodar e devemos fazer cada vez mais e melhor.

RV – Acha que tudo está ainda em aberto para a sua equipa?

PA- Na Liga Vitalis, e ao virar do campeonato, o que acontecerá domingo, nunca se pode dar nada como encerrado. O campeonato é muito competitivo, as coisas alteram-se muito rapidamente de semana para semana com duas vitórias ou duas derrotas. Sei isso por experiência própria. Nunca há jogo que à partida esteja definido, seja o primeiro contra o último. Este campeonato, nesse aspecto é fantástico, e por isso temos que continuar a olhar em frente e acreditar sempre. Não estou a dizer que ainda estamos a pensar em subir, temos é que acreditar que temos que ganhar o jogo seguinte. Se fizermos o nosso papel, podemos encurtar a distância que agora existe. Mas sem pensar em mais nada que não seja conquistar os próximos pontos, que neste caso serão no jogo com o Varzim. Este é o discurso que tenho passado para a equipa e estamos a conquistar pontos.

RV – A terminar a primeira volta há surpresas?

PA – Não há muitas surpresas. Se calhar o Santa Clara, por ter sido uma equipa muito reestruturada e que ocupa uma boa posição, apresentando bom futebol. De resto, o Olhanense já o ano passado tinha apresentado uma boa estrutura. Este ano, reforçou-se bem com jogadores jovens e dinâmicos e, portanto, o primeiro lugar não será surpresa. Para já nada é definido. Nós também queremos chegar lá, andar mais perto destes clubes, e aos poucos estou certo eu vamos conseguir. Este campeonato vai ter sempre altos e baixos para todas as equipa. O que é preciso é estar preparado e saber reagir com segurança aos momentos negativos e sem euforias, quando as coisas nos correm melhor.

RV – O que espera do jogo de domingo?

PA – Só interessa ganhar. Agora, sabemos que o Varzim também está a lutar para estar lá em cima. Nós temos que respeitar e ser humildes perante todos os adversários. Só estando na máxima força, sendo rigorosos, concentrados e intensos no jogo é que temos possibilidades de ganhar. A equipa tem que continuar a acreditar, só assim vamos conseguir o objectivo

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