
Paulo Alves foi um dos convidados do programa “Grande Auditório” da Rádio Vizela, realizado no passado dia 30 de Maio. O treinador do FC Vizela, que já renovou por mais uma época, admite que a temporada ficou aquém das expectativas. Na sua opinião registaram-se um conjunto de factores, que ditaram a fraca pontuação dos vizelenses.
RádioVizela (RV) - Chegou com a época em andamento. Foi complicado adaptar-se ao novo clube?
Paulo Alves (PA) - Desde cedo que me apercebi da seriedade das pessoas e das suas intenções, o que me deixou desde logo à vontade. Conhecia praticamente todo o plantel, mas de uma forma geral. Apesar do atraso que o FC Vizela tinha, confesso que tinha outras expectativas. Depois, com o trabalho diário, fui-me apercebendo de algumas coisas que obstaram a que pudéssemos fazer um melhor trabalho. Mesmo assim, mantinha a esperança. Fomos ganhar ao Gondomar, empatámos em Barcelos e vencemos no Estoril.
Paulo Alves (PA) - Desde cedo que me apercebi da seriedade das pessoas e das suas intenções, o que me deixou desde logo à vontade. Conhecia praticamente todo o plantel, mas de uma forma geral. Apesar do atraso que o FC Vizela tinha, confesso que tinha outras expectativas. Depois, com o trabalho diário, fui-me apercebendo de algumas coisas que obstaram a que pudéssemos fazer um melhor trabalho. Mesmo assim, mantinha a esperança. Fomos ganhar ao Gondomar, empatámos em Barcelos e vencemos no Estoril.
RV – Sentiu que a equipa estava melhor do que quando cá chegou?
PA - Eu nunca falei do meu antecessor, mas a equipa sofria, quando cheguei, derrotas muito pesadas. Algo estava mal e tinha que rapidamente ser alterado. Conseguimos alterar o rumo das coisas, ganhámos alguns jogos e a equipa motivou-se. Depois, perdemos pontos com Varzim e Boavista, jogos onde tudo nos aconteceu. Não marcámos as penalidades, atirámos bolas ao ferro, não conseguindo dar expressão à nossa boa exibição. Esta situação criou tensão e dúvidas entre os jogadores e nunca mais os deixou de acompanhar.
PA - Eu nunca falei do meu antecessor, mas a equipa sofria, quando cheguei, derrotas muito pesadas. Algo estava mal e tinha que rapidamente ser alterado. Conseguimos alterar o rumo das coisas, ganhámos alguns jogos e a equipa motivou-se. Depois, perdemos pontos com Varzim e Boavista, jogos onde tudo nos aconteceu. Não marcámos as penalidades, atirámos bolas ao ferro, não conseguindo dar expressão à nossa boa exibição. Esta situação criou tensão e dúvidas entre os jogadores e nunca mais os deixou de acompanhar.
RV - De que forma tentou inverter o rumo negativo dos acontecimentos?
PA - Nunca deixei de procurar soluções, analisando as coisas num prisma mais profundo. E há sempre duas análises que se podem fazer. A mais visível, a dos resultados, foi má. Para mim ganhar no futebol é tudo. Podíamos ter ganho muitas mais vezes e as coisas seriam diferentes. Por outro lado, tenho, como treinador, de procurar causas para estes resultados. Cheguei à conclusão de que havia jogadores no FC Vizela que não aguentavam a pressão e não estavam à altura das exigências em algumas partidas. Havia também alguma falta de ambição em alguns jogadores, que provocava uma tensão e que obstava, na hora do remate, a que houvesse uma confluência positiva e a bola entrasse.
PA - Nunca deixei de procurar soluções, analisando as coisas num prisma mais profundo. E há sempre duas análises que se podem fazer. A mais visível, a dos resultados, foi má. Para mim ganhar no futebol é tudo. Podíamos ter ganho muitas mais vezes e as coisas seriam diferentes. Por outro lado, tenho, como treinador, de procurar causas para estes resultados. Cheguei à conclusão de que havia jogadores no FC Vizela que não aguentavam a pressão e não estavam à altura das exigências em algumas partidas. Havia também alguma falta de ambição em alguns jogadores, que provocava uma tensão e que obstava, na hora do remate, a que houvesse uma confluência positiva e a bola entrasse.
RV - Consegue explicar tantos empates?
PA - Também podia falar na sorte, que nos faltou em muitos jogos, mas não quero ir por ai. Faltava qualquer coisa. Ainda procurámos atenuar a situação com as inclusões de Marques e Bakero no mercado de Inverno, mas é sabido que nessa altura estávamos sujeitos a integrar os atletas que estavam disponíveis. Esta equipa teria que ter um enquadramento diferente.
PA - Também podia falar na sorte, que nos faltou em muitos jogos, mas não quero ir por ai. Faltava qualquer coisa. Ainda procurámos atenuar a situação com as inclusões de Marques e Bakero no mercado de Inverno, mas é sabido que nessa altura estávamos sujeitos a integrar os atletas que estavam disponíveis. Esta equipa teria que ter um enquadramento diferente.
RV - Se fosse o Paulo Alves a elaborar este plantel, teria feito as coisas de outra forma?
PA - Não posso olhar para trás. No entanto, acho que teria feito as coisas de modo diferente. Teria procurado jogadores mais completos a todos os níveis, incluindo o psicológico.
PA - Não posso olhar para trás. No entanto, acho que teria feito as coisas de modo diferente. Teria procurado jogadores mais completos a todos os níveis, incluindo o psicológico.
RV- Mesmo assim, no final das partidas, sempre elogiou os seus atletas?
PA - Não faz parte das minhas características , ao contrário de colegas meus, desancar nos jogadores, por qualquer lance que tenha acontecido. Nunca o irei fazer. Faço-o no balneário, cara a cara, para ter um balneário saudável.
PA - Não faz parte das minhas características , ao contrário de colegas meus, desancar nos jogadores, por qualquer lance que tenha acontecido. Nunca o irei fazer. Faço-o no balneário, cara a cara, para ter um balneário saudável.
RV- O que destaca nesta temporada de positivo?
PA - As exibições foram-no muitas vezes, contudo, sem o brilho das vitórias. De todas as equipas que treinei até ao FC Vizela, esta foi a que consegui pôr a jogar melhor. Foi muito organizada na maioria dos jogos e sofria poucos golos. Mas não senti o brilho, pois o reflexo tem que ser sempre os resultados. Adoro ganhar e a direcção e os adeptos também o exigem. A equipa jogou bem e isso é trabalho meu, mas fica a frustração pelos resultados.
RV - Houve outros factores que tivessem prejudicado de alguma forma a equipa?
PA - Nada faltou a esta equipa. A direcção esteve sempre presente, mesmo nos momentos mais difíceis. Já estive em outros clubes e sei que isso tem um valor enorme. Dos sócios também chegou apoio, apesar de frustrados com os resultados. Em relação à arbitragem, não me pareceu que tivéssemos sido prejudicados.
PA - Nada faltou a esta equipa. A direcção esteve sempre presente, mesmo nos momentos mais difíceis. Já estive em outros clubes e sei que isso tem um valor enorme. Dos sócios também chegou apoio, apesar de frustrados com os resultados. Em relação à arbitragem, não me pareceu que tivéssemos sido prejudicados.
RV - Foi fácil acordar a renovação?
PA - Foi quase natural. Sempre disse que gostaria de continuar no clube, porque entendo que o meu trabalho ainda está a meio. Tenho falado com a direcção e estamos em sintonia em relação ao que precisamos para o plantel da próxima temporada. Compreendo a contenção orçamental, só assim o clube poderá cumprir.
PA - Foi quase natural. Sempre disse que gostaria de continuar no clube, porque entendo que o meu trabalho ainda está a meio. Tenho falado com a direcção e estamos em sintonia em relação ao que precisamos para o plantel da próxima temporada. Compreendo a contenção orçamental, só assim o clube poderá cumprir.
RV- Está preocupado com o envolvimento do clube no processo “Apito Dourado”?
PA - Como todos. O que posso prometer é que tentarei fazer muito melhor na próxima época passada. Construir um plantel mais completo que consiga boas exibições e os resultados que todos desejamos.
PA - Como todos. O que posso prometer é que tentarei fazer muito melhor na próxima época passada. Construir um plantel mais completo que consiga boas exibições e os resultados que todos desejamos.
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