Paulo Pinheiro faz um balanço negativo à temporada passada. Contudo, nesta altura, o presidente do FC Vizela está mais preocupado com o futuro do clube. No último sábado, o dirigente deixou claro o seu receio em relação ao envolvimento do clube no processo “Apito Dourado”, cuja sentença será conhecida em breve.
Rádio Vizela (RV) – Que balanço faz da temporada que agora terminou?
Paulo Pinheiro (PP) - Um balanço negativo, obviamente. Julgo que ninguém ficou satisfeito, a começar pela direcção, passando por adeptos, atletas e técnicos.
É o que posso dizer quando as coisas não correram bem, jogos que devíamos ganhar e não ganhámos por diversos factores. Admito que por muitas vezes foi por falta de sorte, mas outras houve em que foi mesmo por incompetência e falta de qualidade.
Paulo Pinheiro (PP) - Um balanço negativo, obviamente. Julgo que ninguém ficou satisfeito, a começar pela direcção, passando por adeptos, atletas e técnicos.
É o que posso dizer quando as coisas não correram bem, jogos que devíamos ganhar e não ganhámos por diversos factores. Admito que por muitas vezes foi por falta de sorte, mas outras houve em que foi mesmo por incompetência e falta de qualidade.
RV – E até porque partiram com ambições de subida…
PP - Vou de uma vez por todas esclarecer essa situação, pois há quem diga que foi errado assumirmos a subida. O que podia eu dizer depois de termos feito uma excelente temporada, onde ficámos em terceiro, a um ponto da subida? Que queria fazer melhor. Para isso teria que ficar em segundo ou primeiro e se isso acontecesse subíamos.
PP - Vou de uma vez por todas esclarecer essa situação, pois há quem diga que foi errado assumirmos a subida. O que podia eu dizer depois de termos feito uma excelente temporada, onde ficámos em terceiro, a um ponto da subida? Que queria fazer melhor. Para isso teria que ficar em segundo ou primeiro e se isso acontecesse subíamos.
RV- Foi difícil a saída de Carlos Garcia?
PP - Foi um processo difícil, porque é uma pessoa de quem gostamos e com quem continuamos a dar-nos bem. Ao nível desportivo, ele foi o primeiro a perceber que a máquina estava emperrada e que teria que sair do clube.
PP - Foi um processo difícil, porque é uma pessoa de quem gostamos e com quem continuamos a dar-nos bem. Ao nível desportivo, ele foi o primeiro a perceber que a máquina estava emperrada e que teria que sair do clube.
RV - Paulo Alves foi a primeira opção?
PP - Foi a nossa primeira opção. Achámos que era o homem indicado para o lugar. Não teve sucesso porque era impossível resistir, quando nessa altura o FC Vizela já tinha um grande diferencial de pontos para os primeiros classificados.
PP - Foi a nossa primeira opção. Achámos que era o homem indicado para o lugar. Não teve sucesso porque era impossível resistir, quando nessa altura o FC Vizela já tinha um grande diferencial de pontos para os primeiros classificados.
RV- Por isso optou pela renovação?
PP - Foi o primeiro passo para a nova temporada que estamos a preparar. No entanto a nossa ligação tem algumas condicionantes, devido ao caso “Apito Dourado”. Estamos a fazer o que é possível em relação à próxima época. Este caso está a condicionar todo o nosso trabalho. Já falámos com Hermínio Loureiro, presidente da Liga e fizemos-lhe ver que este caso já devia ter sido decidido há muito, para que agora pudéssemos trabalhar. Temos conversado, temos projectos, ideias e sabemos o que queremos.
PP - Foi o primeiro passo para a nova temporada que estamos a preparar. No entanto a nossa ligação tem algumas condicionantes, devido ao caso “Apito Dourado”. Estamos a fazer o que é possível em relação à próxima época. Este caso está a condicionar todo o nosso trabalho. Já falámos com Hermínio Loureiro, presidente da Liga e fizemos-lhe ver que este caso já devia ter sido decidido há muito, para que agora pudéssemos trabalhar. Temos conversado, temos projectos, ideias e sabemos o que queremos.
RV - Será um plantel com um orçamento reduzido?
PP - O Paulo Alves, que é um homem do futebol, sabe que os clubes têm que reduzir os seus custos. É nessa base que vai ser construído o plantel, teremos que aproximar o valor do plantel, das possibilidades do clube. E cada vez menos depender dos directores para conseguir pagar as contas todos os meses.
PP - O Paulo Alves, que é um homem do futebol, sabe que os clubes têm que reduzir os seus custos. É nessa base que vai ser construído o plantel, teremos que aproximar o valor do plantel, das possibilidades do clube. E cada vez menos depender dos directores para conseguir pagar as contas todos os meses.
RV - Concorda com as medidas da Liga em relação aos clubes incumpridores?
PP - Já foram aprovadas medidas pela Liga, como o controlo financeiro aos clubes por parte de auditores, em Fevereiro, a impossibilidade de inscrever jogadores no mercado de Inverno e a perca de pontos por parte dos clubes que não cumpram. São regras importantes para credibilizar o futebol daqui para a frente. Agora o que gostava também de ver era mais poio para a Liga de Honra e não canalizar tudo para a Liga.
RV - Que medidas defende?
PP- É preciso que a Liga não nos penalize apenas, mas que ajude a criar receitas. A Federação Portuguesa de Futebol só vê a Selecção e só se interessa por passeios ao estrangeiro e fóruns de futebol, para discutir Europeus e Mundiais. Já os problemas dos clubes nacionais, dizem-lhe zero. Também a Liga apresentou um saldo positivo de mais de um milhão de euros. Faz algum sentido a Liga dar lucro? A Liga tem que dar prejuízo e explicá-lo com os subsídios que distribuiu pelos clubes para pagarem os salários. Agora, defendo que tem que haver penalizações para quem usar mal esse dinheiro, como o Boavista que é um mau exemplo e outros.
PP - Já foram aprovadas medidas pela Liga, como o controlo financeiro aos clubes por parte de auditores, em Fevereiro, a impossibilidade de inscrever jogadores no mercado de Inverno e a perca de pontos por parte dos clubes que não cumpram. São regras importantes para credibilizar o futebol daqui para a frente. Agora o que gostava também de ver era mais poio para a Liga de Honra e não canalizar tudo para a Liga.
RV - Que medidas defende?
PP- É preciso que a Liga não nos penalize apenas, mas que ajude a criar receitas. A Federação Portuguesa de Futebol só vê a Selecção e só se interessa por passeios ao estrangeiro e fóruns de futebol, para discutir Europeus e Mundiais. Já os problemas dos clubes nacionais, dizem-lhe zero. Também a Liga apresentou um saldo positivo de mais de um milhão de euros. Faz algum sentido a Liga dar lucro? A Liga tem que dar prejuízo e explicá-lo com os subsídios que distribuiu pelos clubes para pagarem os salários. Agora, defendo que tem que haver penalizações para quem usar mal esse dinheiro, como o Boavista que é um mau exemplo e outros.
RV - O FC Vizela tem razão para estar preocupado com o caso “Apito Dourado”?
PP- Claro que tem razão para estar preocupado. O processo existe, não podemos fingir que não se passa nada. Há uma escuta telefónica, com uma conversa infeliz de um director do FC Vizela. Também sabemos que há elementos no processo que provam que nesse celebre Fafe - FC Vizela, se alguém deu algo ao arbitro, foram sócios não identificados, ligados ao Fafe. Vamos esperar que o processo seja analisado com todo o rigor e que ninguém ceda a pressões, pois corremos o risco de descer de divisão.
Estamos preocupados, a acompanhar, e iremos até às últimas circunstâncias para defender o clube. Porque isto é uma injustiça, se tivermos em conta que já lá vão cinco anos e que o processo só reaparece quando parece interessar a alguém. Isto é uma espada na nossa cabeça que nos impede de trabalhar.
PP- Claro que tem razão para estar preocupado. O processo existe, não podemos fingir que não se passa nada. Há uma escuta telefónica, com uma conversa infeliz de um director do FC Vizela. Também sabemos que há elementos no processo que provam que nesse celebre Fafe - FC Vizela, se alguém deu algo ao arbitro, foram sócios não identificados, ligados ao Fafe. Vamos esperar que o processo seja analisado com todo o rigor e que ninguém ceda a pressões, pois corremos o risco de descer de divisão.
Estamos preocupados, a acompanhar, e iremos até às últimas circunstâncias para defender o clube. Porque isto é uma injustiça, se tivermos em conta que já lá vão cinco anos e que o processo só reaparece quando parece interessar a alguém. Isto é uma espada na nossa cabeça que nos impede de trabalhar.
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