sábado, 20 de junho de 2009

Emoções ao rubro na Assembleia-geral do FC Vizela

O salão da Casa do Povo de Vizela foi pequeno para tantos associados do FC Vizela, que queriam esta noite, assistir à Assembleia-geral extraordinária do clube. Houve casa cheia, mas eram largas as dezenas de associados, que no exterior tentavam acompanhar a sessão. Os ânimos aqueceram com a intervanção dos associados, que estão divididos em relação ao futuro do clube.

O espectro da descida de divisão paira sobre os vizelenses, e, esta foi a primeira sessão, após a desclassificação decretada pelo Conselho Disciplinar da Liga de Clubes. E o presidente deste organismo, que anunciou a 09 deste mês o castigo para os vizelenses, foi a pessoa mais visada pelos sócios que usaram da palavra e até pelo presidente do FC Vizela. Paulo Pinheiro referiu mesmo, que Ricardo Costa nada sabia de futebol, nem dos clubes portugueses, “está ali para castigar e é “persona non grata” para os vizelenses”, disse.
O presidente do FC Vizela começou esta assembleia por informar os associados que o recurso remetido na passada terça-feira pelo clube à Federação Portuguesa de futebol, “foi aceite pelo organismo, e que em sequência disso, o castigo da Liga estava suspenso”.
De seguida a sessão aqueceu com a intervenção dos associados. O primeiro a usar da palavra, sugeriu que em caso da desclassificação ser confirmada pela Federação, o FC Vizela deveria fechar portas e entregar a chave às instâncias que dirigem o futebol. Uma sugestão que acabou por não ter eco, e de seguida ouviram-se frases como “não vamos entregar a chave aos ladrões do futebol”, ou “o FC Vizela é grande, seja na Liga de Honra, na 2ª Divisão ou nos distritais”. Houve ainda associados que defenderam Benjamin Castro, pois entendem que este dirigente fez o que entender ser melhor para o clube, enquanto o serviu
Na resposta aos associados, Paulo Pinheiro disse que “nunca falou, nem falará do trabalho das outras direcções, que certamente fizeram o seu melhor”. Sobre o castigo voltou a contestar a legalidade das escutas telefónicas, dizendo em relação a isso, acreditar que o clube “estruturou bem a sua defesa”, e acrescentou, “acredito que vamos ganhar esta batalha”.

O presidente do FC Vizela lembrou que o clube que dirige “ foi o único castigado pelo Apito Dourado”, e explicou, “uns ficaram sem pontos, quando já deles não necessitam e outros desceram, quando desportivamente isso já tinha acontecido”. Visivelmente comovido Paulo Pinheiro referiu, “ o clube é dos sócios”, mas que também tinha a sua posição. Se o pior cenário for cumprido o dirigente é apologista de que o clube não deve fechar as portas e continuar a competir, seja em qualquer divisão. “O FC Vizela tem 70 anos, e não é só futebol Sénior, temos campeões em atletismo, em minigolfe e camadas jovens de que nos orgulhar”. Paulo Pinheiro que termina o mandato em Dezembro, prometeu até lá continuar esta luta, finalizando a sua intervenções com uma palavra de incentivo e de esperança em relação ao recuo deste castigo.
E foi de forma sentida que os associados abandonaram a sessão, quando o presidente da Assembleia-geral, Alexandre Sousa, filho do primeiro presidente, pediu três vivas e uma salva de palmas para o clube, seguida de um “Vizela, Vizela”, gritado em uníssono pelas centenas de associados.
Dentro de algumas semanas a Assembleia-geral do FC Vizela vai voltar a reunir-se, depois de conhecida a decisão do Conselho de Justiça da Federação, para festejar ou então tomar decisões sobre o futuro, mediante o parecer ao recurso.

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