O Boavista decidiu faltar ao jogo com o Pescadores da Costa de Caparica, para a Taça de Portugal, para ganhar alguns dias e fazer um "forcing" final com vista a disputar o Nacional de futebol da II Divisão. O clube continua sem poder inscrever jogadores devido a cerca de 20 impedimentos colocados por antigos jogadores, técnicos e alguns clubes, todos eles reclamando dívidas em atraso.
Se a situação não for entretanto resolvida até daqui a uma semana, o destino do futebol sénior do Boavista são os campeonatos distritais do Porto, algo que o presidente "axadrezado" acredita que não vai acontecer "Estou a viver um filme que já vivi o ano passado", recorda Álvaro Braga Júnior, em declarações feitas, esata quarta-feira, à Agência Lusa, remetendo para a situação que o Boavista viveu há um ano, quando decidiu não disputar a Taça da Liga pelas mesmas razões que agora o levam a renunciar à Taça. Nos últimos dias, os dirigentes boavisteiros avistaram-se com os responsáveis pelos impedimentos no sentido de os sensibilizar para o difícil momento que o clube atravessa. Alguns mostraram abertura, mas "houve quatro ou cinco casos de alguma intransigência".
"Nunca pedi às pessoas para levantar os impedimentos. Pedi-lhes para suspenderem os impedimentos, que é uma situação completamente distinta", salienta Álvaro Braga Júnior, sem nunca apontar nomes. "Felizmente, um boavisteiro, pessoa próxima da minha direcção, disponibilizou uma verba" que o Boavista tenciona utilizar, na totalidade, para, pelo menos, pagar parte do que deve aos autores dos diversos impedimentos. O presidente do Boavista diz-se convicto de que "alguma da intransigência encontrada tenha a ver com mágoas, eventualmente com alguma dúvida sobre se não o clube não está a fazer `bluff e que está cheio de dinheiro, o que não é verdade, infelizmente".
C/Lusa
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